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Aposta nas apostas

Panorama das apostas esportivas no Brasil e no mundo.







O mercado de apostas esportivas vem crescendo de forma global nos últimos anos. Com crescimento no número de stakeholders ano após ano, o valor estimado desse setor, até 2024, gira em torno dos 155 bilhões de dólares. No Brasil, o cenário começou a mudar após a promulgação da lei 13.756/18, que ocorreu em 12 de dezembro de 2018 e criou a modalidade de apostas esportivas de quota fixa no país, sendo este o primeiro passo para a legalização dos jogos e apostas. Ao mesmo tempo, estima-se que apostadores brasileiros movimentaram globalmente R$2 milhões de reais durante o último ano.


Observando este cenário, é possível encontrar um potencial de mercado enorme não só para os apostadores e empresas legais de apostas, mas também para os clubes. Um mercado com tamanha movimentação financeira pode e deve ser visto como um potencial patrocinador, ou seja, como uma potencial fonte de renda para os times.


Essa opção já é, há muito tempo, levada em consideração em terras europeias. Desde o famoso patrocínio da casa de apostas Bwin nas camisas de AC Milan e Real Madrid, passando pelo Paris Saint Germain e seu acordo com a Unibet, chegando aos clubes da poderosa Premier League, onde quase 50% deles possuem ao menos um patrocinador relacionado ao mercado de apostas. Dentre estes, o principal destaque é o West Ham, que recentemente renovou seu acordo com o site Betway, passando a receber £ 10 milhões (cerca de R$ 51,1 milhões) por ano - um novo recorde no valor de patrocínio master do clube inglês.


Na La Liga Santander, divisão principal do campeonato espanhol, o número é ainda mais impressionante: no ano de 2018, 19 dos 20 clubes se renderam ao dinheiro dos jogos de aposta online. A própria marca do campeonato possui acordo com uma empresa do ramo.


O setor também atua como patrocinador em outros esportes e categorias, como Fórmula 1 - em acordo direto com a Liberty Media - NFL - o primeiro a se beneficiar foi o Dallas Cowboys em acordo com um cassino - e NHL - em parceria direta com a liga.


Falando de Brasil, o ano de 2019 vem sendo repleto de novidades para os clubes e torcedores no que se refere ao patrocínio de casas de apostas a clubes de futebol. O primeiro a assinar um contrato foi o Fortaleza. Hoje, clubes como Santos, Cruzeiro, Botafogo, Corinthians, Vasco, Atlético-MG e Bahia já se contam com o dinheiro das casas de apostas como parte de suas receitas obtidas via patrocínio. A Copa do Brasil, segundo principal campeonato do país, também conta com um patrocinador do ramo: o site Bodog.


É importante ressaltar, porém, que a gestão e a relação dessas casas de apostas com os clubes e federações devem ser tão - ou até mais - transparentes que as demais já estabelecidas anteriormente. Por se tratar de um mercado em crescimento, com grande potencial, mas que ao mesmo tempo possui algumas críticas éticas quanto a possibilidade de manipulação de resultados, a gestão profissional deve ser sempre o pilar da relação, para que, assim, haja uma relação ganha-ganha entre os players. Episódios como a “máfia do apito”, ocorrida em 2005 no Brasil, onde o árbitro Edilson Pereira de Carvalho confessou que intervinha nos jogos visando beneficiar apostadores estrangeiros devem ser investigados e punidos, e métodos de fiscalização por parte dos órgãos reguladores e confederações devem ser constantemente atualizados.


Desta forma, é possível afirmar que as casas de apostas podem e devem ser enxergadas como uma potencial grande fonte de renda, que se exploradas da forma correta, podem e muito, ajudar no fluxo de caixa dos clubes brasileiro que muito sofrem com a falta de capital. Num cenário de apostas, esta, com certeza, é uma das mais certas.

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