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A volta da NBA

A volta da NBA e o movimento Black Lives Matter






O melhor basquete do mundo está próximo de voltar: rodeado de polêmicas e debates sociais, a NBA tem planejado uma volta estratégica e cara para conseguir acabar sua temporada e minimizar seus prejuízos. A chamada “bolha da Disney”, montada pela liga, garante luxo, conforto, entretenimento e, obviamente, muito basquete para os atletas. A NBA tenta também promover os debates de igualdade racial impulsionados pelo movimento ‘Black Lives Matter’, incentivando esse convívio entre os atletas dentro do campus mesmo com tantas polêmicas e movimentos contrários à atual volta do campeonato.


Para garantir a segurança de seus atletas e o conforto para todos, a associação, em parceria com o Walt Disney World, gastou cerca de R$800 milhões – cerca de 1,5 milhão de dólares por dia - para evitar um prejuízo ainda maior com a pandemia. A NBA garantiu a seus jogadores três resorts, campo de golfe, festas com DJs, salas de cinema e outras diversas formas de entretenimento para o período de confinamento. Porém, ninguém, em nenhuma hipótese, pode sair do complexo separado pela liga, nem mesmo em casos urgentes, como morte de algum parente. As equipes poderão levar ao máximo 35 funcionários, além dos atletas e todos presentes poderão optar por usar um alarme de proximidade, garantindo o distanciamento, somado a testes frequentes para monitorar casos possíveis de covid-19 e o uso obrigatório de máscaras, com pequenas exceções. Para garantir que todos os presentes seguirão as regras, a liga pensa em montar um canal de denúncia para o descumprimento das normas, com punições severas, podendo inclusive acarretar na expulsão da pessoa do complexo em Orlando.

Quadras de treino personalizadas das equipes, já dentro do complexo da Disney. Foto: Reprodução/NBA


Para conseguir acabar a temporada, a NBA organizou um formato diferente de torneio, chamando apenas 22 das 30 franquias (apenas as que possuem chance de se classificação para os playoffs) para retomarem a disputa. As equipes se concentraram em Orlando a partir de 7 de julho e o início da temporada regular está marcado para o dia 30 de julho e, caso haja o sétimo jogo nas finais, a temporada termina no dia 13 de outubro.


Por outro lado, o que tem dado o que falar nesse retorno é o impacto social que se pode causar em um momento tão delicado nos Estados Unidos. Um movimento de jogadores liderado pela estrela Kyrie Irving, armador do Brooklyn Nets, se posicionou fortemente contra a volta do campeonato, fazendo com que vários atletas optassem por não jogar nesse retorno em prol das pautas de igualdade social ocorrendo no momento nos EUA. O grupo tem causado inúmeras polêmicas entre os atletas, por exemplo: LeBron James, maior jogador atualmente e ativista das pautas raciais, diz que dentro de quadra os jogadores podem fazer a diferença e impactar muito mais do que fora dela. Talvez a paralisação tenha trazido à tona um movimento importante que antes não era tão comum de ser visto, que é o posicionamento dos atletas em causas sociais e que fazem diferença na sociedade. Os jogadores têm realmente se tornado verdadeiros influenciadores, participando ativamente da militância de movimentos negros e fazendo com que a NBA liberasse, nessa situação, a substituição dos nomes nas camisas por mensagens de apoio à causa.


Russel Westbrook (Centro) e Demar Derozan (À direita) em protesto do Black Lives Matter. Foto: Reprodução


Nunca antes houve um engajamento social tão grande por parte de atletas dentro da NBA, sendo um marcante exemplo a quantidade de jogadores que saíram às ruas para se manifestar contra a intolerância racial no país. Provavelmente, este seja um marco para o basquete e para todos os esportes norte-americanos. Portanto, a maioria tem mostrado ser o que se denomina “more than an athlete”, e a sociedade e a liga têm muito o que ganhar com isso, sendo então um pequeno passo adiante na luta contra o racismo no mundo dos esportes.


Por: Rafael Tersitano


Referências:

  • http://www.olimpiadatododia.com.br/basquete/248367-nba-na-disney-bolha-na-pandemia-vai-custar-cerca-de-r-800-milhoes/

  • https://www.deseret.com/2020/7/1/21310038/nba-return-orlando-disney-world-cost

  • https://www.netsdaily.com/2020/6/14/21290734/debate-engendered-by-kyrie-irving-has-nba-players-taking-sides-on-return-to-play

  • https://www.si.com/nba/grizzlies/news/if-kyrie-irvings-goal-is-taking-a-stand-for-social-justice-then-playing-nba-games-should-be-the-vehicle

  • https://www.espn.com/nba/story/_/id/28911848/when-nba-return-latest-updates-amid-coronavirus-suspension

  • https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7115827/nba-discute-segunda-bolha-em-chicago-com-os-oito-times-que-nao-jogarao-playoffs-na-disney

  • https://esporte.ig.com.br/basquete/2020-06-28/entenda-como-sera-a-bolha-da-nba-para-o-retorno-da-temporada.html

  • https://www.oliberal.com/esportes/astros-da-nba-lideram-protestos-contra-racismo-nos-estados-unidos-1.274993

  • https://cbssportsradio.radio.com/articles/nba-radio-host-milwaukee-bucks-khris-middleton-absurd

  • https://www.theplayoffs.com.br/nba/nikola-jokic-surge-quase-irreconhecivel-apos-emagrecer-durante-paralisacao-da-nba/

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